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Idéias, filosofias, definições e pensamentos gerais. Teorias científicas ou não, aqui vamos nós.

Friday, July 06, 2007

Pratique estratégia

Na Obra "Alice no País das Maravilhas", Alice cai em um buraco (ou, pelos psicologicamente analíticos, dentro de si mesmas). Ela está atrás de um coelho e cai em um mundo desconhecido. Entre todos os personagens desta obra, dois deles co-habitam nosso ser: um coelho que está sempre atrasado, correndo de um lado para o outro com o relógio na mão; e um gato do qual somente aparece o sorriso, somente ficam visíveis os dentes e, às vezes, o rabo. Alice se "encontra" com o Coelho e o Gato e sempre; tentando alcançar o coelho e o gato, tentando seduzí-la. Para chegarmos onde queremos vamos a cena onde Alice está perdida, andando "naquele lugar que caiu" e, de repente, vê no alto da árvore o gato (somente o rabo e o sorriso, claro). Alice, então, olha para gato lá em cima da árvore e diz: "Você pode me ajudar?" Ele responde: "Sim, pois não?". Alice: "Para onde vai essa estrada?", pergunta. Ele responde: "Para onde você quer ir?". Ela diz: "Eu não sei, estou perdida." O gato, então, diz: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."

"Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve". (Provérbio Chinês)

Sempre, na minha vida, adimirei pessoas que tinham uma forte convicção, por mais absurda que pudesse parecer. Pessoas que sabem onde querem chegar (vida pessoal e profissional) possuem, na minha visão, 60% do caminho percorrido. Tudo fica mais fácil quando se sabe o que tem de fazer e para onde ir. Para isso precisamos entrar em outro campo que necessita atenção: a estratégia (A palavra vem do grego antigo stratègós - de stratos, "exército", e "ago", "liderança" ou "comando" tendo significado inicialmente "a arte do general"). Olhamos grande estrategistas da história (Gaius Julius Caesar, Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus, Napoleoni di Buonaparte, Adolf Hitler, Mao Tse Tung, Carl von Clausewitz, General Douglas McArtur, Winston Churchill, Franklin Roosevelt, Joseph Stalin, General George Patton, General Bernard Law Montgomery, etc.) e seus feitos incríveis, ou mesmo os teóricos (Nicolo di Bernardo Machiavelli, Carl von Clausewitz, Sun Tzu, etc.) e ficamos maravilhados e hipnotizados com suas teorias e lógicas bem formuladas (e alguns diriam superiores). Como hoje fica claro para nós os passos de Júlio Cesar (latim clássico: Gaius Julius Caesar) e suas estratégias aplicadas (táticas) ficam claras ao ponto de serem lógicas. Como é simples a forma de entender o Príncipe, de Maquiavel (Nicolo di Bernardo Machiavelli), e como é claro a forma de estratégia de poder para ser aplicado em um governo. Mesmo assim fica difícil responder a pergunta abaixo:

Como aplicar a "arte do general" a nossa vida (profissional e pessoal)?
Estratégia é como aquela palavra bonita que todo mundo usa para dizer quando quer causar impacto, ou mesmo para definir algo que é superior a todos (Quando eu falo que trabalho com planejamento estratégico todos dizem: "Nossa, você deve ser muito inteligente"). Stratègós é algo que marca as pessoas e sempre que é falado cria-se um certo peso no ar (até por reverência às grandes pessoas que fizeram desta palavra o verdadeiro significado da "arte dos generais"). Estratégia é mais uma marca do que mensurações, ações e resultados.

Mas, como aplica-se estratégia na prática? Como transformamos estratégias em táticas eficiêntes? Esta última pergunta é o divisor de águas entre os que acham estratégia algo para pessoas inteligêntes ou a usa como um brand e os que a aplicam sem nenhum medo (vale a pena lembrar que a Gália foi dominada por Júlio Cesar com estratégia e muitas espadadas em batalhas diversas).

Antes de entrarmos na ligação de estratégia e tática vale a pena dizer que você só domina os recursos da estratégia com maestria através de muito, muito, muito, muito e muito estudo sobre o tema e "cases" de sucesso que você lê, aplica, estuda, e participa.Quando você estará começando a se tornar uma pessoa estratégica quando visualizar defeitos profundos que possui de forma analítica.

A primeira forma de começarmos a transformar a estratégia em uma ferramenta cotidiana (depois de estudá-la profundamente) é sabermos aonde queremos chegar. Esta pergunta deve ser feita por nós a nós mesmos, levando em conta nossos desejos, prazeres, ambições e meio ambiente.

Sabendo onde você quer chegar, pense no caminho. Desenhe-o (si
m, de forma artística, um caminho com algumas pedras durante seu desenho); busque, leia e analise exemplos de pessoas que chegarão lá; veja outros caminhos diferentes e o que você pode aprender para aplicar ao seu (estratégia do oceano azul); escreva, nas pedras, o que você vai enfrentar e como estar melhor preparado para tal (para entrar na Gália da época romana com sua força bruta use disciplina, versatilidade, inteligência); comece a percorrer o caminho e use as pedras como marcações para saber aonde você está. Este é o famoso plano estratégico que pode ser aplicado a qualquer coisa (mesmo na forma de um desenho de caminho na parede, te dando boa visualização da sua vida)

O Plano Estratégico é algo vivo, que modifica de acordo com informações que temos durante as aplicações táticas (talvez o destino desvie um pouco, talvez o caminho que você está percorrendo será mudado 1 metro para o lado pois o terreno ali é melhor, etc.). Ter o plano estratégico vivo, alimentado de informações e sua visão abrangente é o que fará com que o destino chegue por conseqüência e não por obrigação.

Um exemplo prático de um plano estratégico (estratégia transformada em prática/tática):

Objetivo que eu busco: eu quero ser um profissional com sucesso financeiro e grande conhecimento.

1) Passo: Qual área profissional desejo atuar? (veja como é cada profissião, converse com pessoas de diversas áreas, relacione com o que você mais gosta de fazer na vida, com as matérias do colégio que gosta, etc.).
2) Passo: O que é sucesso financeiro? (sim, coloque um valor específico a ser alcançado em um espaço de tempo definido)
3) Passo: Aonde existe o conhecimento que eu busco para poder obtê-lo? (fontes, pessoas, livros, sites, blogs, casos de sucesso, etc.)
4) Passo: Quais as pessoas que obtiveram sucesso em suas carreiras? O que elas fizeram? (cases pessoais, sem que seja da sua área ou mesmo do seu tempo. Busque os cases de extremo sucesso antigo, tem muita inteligência para conhecer na história da
humanidade)
5) Passo: Quais pessoas que obtiveram sucesso em suas carreiras que são da área que eu desejo atuar? O que elas fizeram? (procure aqui relacionar com pessoas do seu tempo e que buscarão o que você busca).

Depois de responder as perguntas acima e ter muitas boas informações. Você verá como tudo fica mais visível. Como o caminho fica mais claro pelo simples fato de ter convicção de onde se quer chegar. Exemplo: após analisar as pessoas que tiverão sucesso na área que você deseja atuar, você verá empresas que eles trabalharam, faculdade que fizeram, lugares que moraram, teórias que leram e se especializaram - só isso será um ótimo guia para sua vida.


Com isso você faz seus planos pontuais (táticos): Neste ano vou fazer o curso X; a qual a melhor faculdade eu desejo entrar (e o nível de dificuldade que é seu vestibular para você estudar); qual empresa eu busco para trabalhar (ou ainda, como saber o que a empresa busca para eu ser "achado" por ela); quais especializações tenho de fazer, etc. Lembrando sempre que o plano estratégico é vivo e deve ser sempre analisado e alimentado.

Com isso você sabe o destino e, assim, consequentemente pode analisar (e saber) o caminho. Sua vida se torna mais fácil e suas ações tem objetivo mensurado. As justificativas para suas ações podem ser comprovadas olhando para o seu objetivo.


Mas todas as ações podem ser justificadas através dos objetivos finais?
Maquiavel: "Os fins justificam os meios" (Justificam?). - assunto para o próximo post.